As baterias de chumbo têm mais de dois séculos de existência.
Foram inventadas por Alessandro Volta em 1800 e logo que possível passaram a
fazer parte da vida do automóvel estando cada vez mais presentes pelas razões que
todos conhecemos. Embora em alguns casos o metal inicialmente escolhido tenha
sido substituído por outros com melhor desempenho, grande parte dos
acumuladores empregues nos automóveis ainda continuam a utilizar chumbo no seu
interior. Estes acumuladores necessitam de uma manutenção periódica que
consiste básica e simplesmente em manter as placas imergidas no líquido
electrolítico que as envolve. Esta fácil manutenção, que nas baterias sem
manutenção até está dispensada, pede especial atenção nas alturas do ano em que
se sente uma maior variação da temperatura exterior, nomeadamente do calor para
o frio e vice-versa. Nestas alturas estes acumuladores sofrem uma anormal falta
de líquido provocado pela condensação. O facto de funcionarem com valores muito
perto do limite implica que ao baixarem mesmo que seja pouco da cifra 2.1v por célula,
deixam de poder desempenhar correctamente a função para a qual são mais solicitadas
e onde têm que dar o seu melhor, no arranque. Basta que a voltagem baixe dos 12.6V
maior parte das baterias deixa de conseguir rodar o motor. Se juntarmos o facto
de uma bateria realizar ciclos de recarga cada vez que é solicitada, terminados
quando esta atinge novamente 100% da sua carga, ao realizarmos solicitações que
provoquem descargas muito profundas como por exemplo o que acontece quando se roda
insistentemente um motor de arranque até sentir fraquejar a bateria, esta terá
de realizar mais ciclos do que os necessários para por em marcha um motor que
pegue em poucas voltas e logo ter um menor tempo de vida útil. A nossa dica de
hoje vai para a atenção que deve ser prestada ao nível do líquido electrolítico,
que deve estar sempre acima das patilhas de informação de nível em cada célula
e para aquando da sua utilização procurar não provocar descargas percentuais
muito profundas utilizando por exemplo a técnica de nunca solicitar uma bateria
por mais de 5 segundos seguidos. Caso o motor não tenha entrado em
funcionamento esperar 30 segundos e voltar a tentar.