Muitas vezes a melhor forma de
resolver um problema é evitá-lo. Esta frase na mecânica não parece um
paradigma. Aqui somos muitas vezes forçados a conviver com problemas
inevitáveis, incompreensíveis e que nos obrigam a fazer um juízo à competência
de alguns fabricantes. O seguinte caso reporta a falha de um experiente construtor
de automóveis que dá pelo nome de VAG. O seu propulsor 2.0TDI «filho» do
emblemático 1.9TDI, até 2006 sofre entre outros de um problema que leva em alguns
casos à sua total destruição. Dez anos passados poderiam levar-nos a pensar que
todos os motores com esta falha já teriam sido reparados o que não aconteceu.
O propulsor 2.0TDI nunca foi chamado ao concessionário por este problema
resultar da evolução de uma espécie. Montado em vários modelos VW e Audi, funciona
com uma bomba de óleo desproporcionada em dimensão, no meio de uma transmissão
que arrasta também um conjunto de veios de equilíbrio de vibrações. Acoplada a
um veio mandante hexagonal que falha porque começa a ter folga nos lados do
sextavado, movida por uma corrente que falha porque o tensor plástico deixa de
cumprir as suas funções arrasando a cremalheira, pode levar por estas razões à
falta de pressão súbita no óleo. Este problema mesmo detectado a tempo pode provocar
algumas sequelas no motor, por nunca se conseguir evitar o seu funcionamento
sem pressão de óleo. O problema nos modelos a partir de 2006 foi resolvido com
a introdução dum conjunto de carretos que substituíram a corrente. Os 1.9TDI nunca utilizaram este conjunto equilibrante movido pela bomba.
A dica para este problema passa por recuar um pouco na evolução do propulsor e
voltar a colocar o sistema utilizado no 1.9TDI ou seja, remover os veios equilibrantes
e montar uma bomba simples. Poder-se-á sentir um pouco mais de vibração no seu
funcionamento, mas deixará de existir uma das razões para um final antecipado no
propulsor por falta de óleo.
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